Medidas para reverter as consequências do derramamento de óleo foram elencadas em Audiência Pública
O impacto do derramamento de óleo na vida de pescadores e marisqueiras do Rio Paraguaçu foi pauta de uma Audiência Pública realizada na Câmara Municipal da Cachoeira, nesta quinta-feira (05). A tragédia ambiental, que já é considerada a maior do Brasil, afetou a vida de centenas de pessoas que vivem da pesca.
Pescadores, marisqueiras e ribeirinhos externaram sua tristeza e preocupação com as consequências comerciais e, principalmente, sociais dessa tragédia ambiental. Lideranças comunitárias usaram a palavra e exigiram um posicionamento do poder Público e dos órgãos ambientais competentes.
Na oportunidade, representantes do Inema - Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, unidades da Secretaria de Saúde da Bahia, como a COVIAM (Coordenação de Vigilância em Saúde Ambiental) e o Ciave (Centro de Informações Antiveneno), além do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), do secretário de Agricultura e Pesca do município de Cachoeira e uma professora da UFRB estiveram presentes informando a todos das atribuições de cada órgão frente ao problema exposto.
Alguns encaminhamentos, sugeridos pelos reais prejudicados desse problema, foram elencados ao final da Audiência, como a elaboração de uma carta para ser encaminhada aos órgãos estaduais competentes, bem como, a necessidade de decretar estado de emergência no município, produzir uma campanha de divulgação com o objetivo de conscientizar as pessoas de que o marisco de origem do Rio Paraguaçu não está contaminado. Junto à Secretaria de Assistência Social, viabilizar o fornecimento do benefício emergencial às pessoas que estão sem receber e, ainda, dialogar com a SESAB para iniciar intervenções nas comunidades que têm risco de serem atingidas.
Os encaminhamentos serão oficializados aos órgãos competentes para que sejam tomadas as medidas necessárias. Os vereadores Cristina Soares, Júlio César, Enio Cordeiro, Pedro Gomes, Cosme Carlos, Leonardo Boaventura Angélica Sapucaia, Laelson Luís, além do presidente Josmar Barbosa, comprometeram-se em dar celeridade ao processo e acompanhar de perto as ações sugeridas.